A 38ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada em Seul, Coreia do Sul, de 3 a 8 de agosto de 2027, representa um marco histórico para a Igreja Católica: será a primeira edição realizada em um país sem maioria cristã .
Segundo o bispo auxiliar de Seul e coordenador geral da JMJ 2027, Dom Paul Kyung‑sang Lee, este será não apenas o primeiro país não cristão a sediar o encontro global de jovens, mas também uma nação dividida — com Coreia do Norte e do Sul —, o que confere ao tema da JMJ uma dimensão especial de paz e reconciliação .
Embora cerca de 31% da população sul‑coreana seja cristã, apenas aproximadamente 11% se declaram católicos, enquanto mais da metade da nação declara não seguir nenhuma religião . A Igreja na Coreia tem visto um forte crescimento, com cerca de 51 mil batismos em 2023, a maioria adultos convertidos .
O anúncio oficial aconteceu no Jubileu da Juventude em Roma, quando o Papa Leão XIV comunicou que a JMJ 2027 ficará em Seul; o momento reuniu cerca de 1 milhão de jovens peregrinos .
Dom Peter Chung Soon‑taek, arcebispo de Seul, convidou jovens de toda a Ásia — incluindo da Coreia do Norte, apesar das barreiras políticas — para participar deste evento, que deverá simbolizar uma ponte viva de esperança, fé e diálogo entre culturas .
Para a Igreja Católica, sediar a JMJ em um país predominantemente secular e dividido em termos religiosos e geopolíticos é um sinal claro da universalidade da missão jovem e da capacidade da fé em promover paz e unidade. Com os símbolos da jornada (a Cruz dos Jovens e o ícone de Maria) já em peregrinação rumo à Coreia do Sul, a expectativa cresce entre fiéis e organizadores .
A JMJ Seul 2027 promete ser um marco — não apenas pelo local, mas pela mensagem de coragem, paz e renovação espiritual que carrega.