28 de abril – Pedro Chanel

Pedro Chanel nasceu em Cuet, próximo a Belley, França no ano de 1803, de uma família do campo. Foi batizado pelos próprios pais em 16 de julho, memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo; ele manteve por toda a vida grande devoção a Nossa Senhora. Era simples e educado, e o pároco de Cras-sur-Reyssouze notou a vocação religiosa do menino, convidando-o a estudar na escola do Seminário da sua paróquia. Ao ser crismado, quis acrescentar ao nome o do seu protetor, São Luís Gonzaga, e descobrindo que sua mãe o consagrara antes do nascimento à Virgem, adotou também o de Maria: Pedro Luís Maria Chanel.

Com 21 anos entrou para o Seminário Maior em Bourg, onde começou a desejar ser missionário, e depois de três anos, em 1827, ordenou-se padre. Foi nomeado vice-pároco em Ambérieu e depois pároco em Crozet. Duas vezes pediu ao bispo para abraçar a vida missionária, sem obter a permissão. Porém conheceu o padre Jean-Claude Colin, com o qual, e outros sacerdotes, fundou uma nova Congregação, a Sociedade de Maria, cujo carisma era a evangelização missionária dos não cristãos. Foi assim um dos primeiros membros da Congregação dos Maristas, aprovada em 1836.

Em 1835 a Santa Sé pediu voluntários à diocese de Lyon para uma missão na Oceania, e os maristas aceitaram. Embarcou Pedro em 1837 para Futuna, com um confrade, o Irmão Delorme. Levaram mais de um ano para chegar a esta ilha do Oceano Pacífico, no arquipélago de Willis, onde o rei Niuliki os recebeu e hospedou na sua própria casa. Iniciaram os missionários o aprendizado da língua e dos costumes locais. A primeira Missa, em dezembro, foi celebrada em segredo na cabana construída para eles, e que depois se tornaria uma capela. Mas Pedro decidiu convidar para a Missa de Natal o rei e sua família. O evento foi muito apreciado, e logo muitos ilhéus vieram pedindo uma repetição. Aos poucos, Pedro dedicou-se à visitação das aldeias e ao cuidado dos idosos e enfermos, com bondade e mansidão, o que o tornou conhecido e atraiu a atenção para a Fé católica. Em dois anos, surgiram os primeiros pedidos para o Batismo.

A popularidade dos sacerdotes incomodou os idosos da ilha, desejosos de manter sua religião, tradições e costumes, bem como o rei Niuliki, temeroso de perder sua autoridade: impediu as missões, incitou que os religiosos fossem insultados, maltratados e roubados, promoveu a perseguição dos catecúmenos; Pedro e Delorme chegaram a ficar sem comida. Por fim tiveram que sair da ilha. Mas ao saber da conversão do próprio filho, o rei mandou matar os padres, executados a golpes de tacape em 28 de abril de 1841. Pedro foi o primeiro mártir marista e da Oceania.

Em 1842, novos missionários chegaram a Futuna, construindo uma igreja no local do martírio, e em 1844 toda a ilha havia se convertido, tornando-se inclusive um centro de evangelização missionária para outras ilhas. Atualmente pertencente à França, Futuna é um local turístico e pacífico. São Pedro Chanel é padroeiro da Oceania.

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