16 de março – Santo Hilário de Aquiléia

Hilário viveu no século III, em Aquiléia, cidade da região de Veneza, Itália. Educado no Catolicismo, desde muito cedo resolveu abandonar as coisas do mundo para dedicar-se ao estudo das Sagradas Escrituras. Tornou-se diácono, e depois, por aclamação popular, foi feito bispo. Era um pastor zeloso, sábio e prudente, de enorme piedade. A um seu discípulo, Taciano, fez seu diácono.

No período de 283 e 284 era imperador de Roma Marco Aurélio Numeriano, jovem de pendor intelectual, interessado em literatura e oratória, mas fraco para governar um império em crise como o da época. Um seu edito obrigou os cristãos a sacrificar aos deuses pagãos. Em Aquiléia, o sacerdote idólatra Monofantos insistiu com o prefeito, Berônio, que primeiramente prendesse e pressionasse à apostasia Hilário e Taciano, cristãos de destaque, mas o bispo, depois de reafirmar a sua Fé, acrescentou: “Quanto aos demônios, vãos e ridículos, que chamais deuses, não lhes ofereço sacrifícios.” As seduções e ameaças da autoridade civil não surtiram efeito.

Hilário foi então levado ao grandioso templo de Hércules, onde foi despido e barbaramente açoitado. Em seguida, o deitaram sobre um cavalete e, com garras pontiagudas de ferro, golpearam-lhe as costas até que os órgãos internos ficaram aparentes. Enquanto isso, o bispo cantava hinos ao Senhor. Por fim, Berônio, sem resultados, cansou-se do bizarro espetáculo e mandou jogar Hilário na prisão, onde continuaram os maus tratos. No dia seguinte, o mesmo processo foi aplicado em Taciano; no cárcere, bispo e diácono, em alegre reencontro, rezaram para que Deus confundisse os pagãos.

Aconteceu então que uma neblina baixou sobre a cidade, e o majestoso templo de Hércules desabou completamente, revelando até mesmo as fundações. Muitos pagãos fugiram, e outros, literalmente, morreram de medo. Berônio, mais uma vez instado por Monofantos, ordenou a imediata decapitação de Hilário, Taciano e outros seis católicos, entre eles Félix, Largo e Dionísio. Era o dia 16 de março de 284.

As relíquias de Hilário e Taciano foram posteriormente levadas para a cidade próxima de Gorizia, de onde são padroeiros.

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