
Em 411, como tribuno, participou da conferência de bispos que elegeria o futuro bispo de Cartago. Foi eleito Ceciliano, mas isto foi contestado por Donato, um bispo que argumentava ser interdito a pecadores ministrar os Sacramentos – a heresia donatista –, e como Ceciliano fôra eleito por alguns que anteriormente tinham renegado a Fé, na perseguição do imperador Dioclesiano (mas que haviam se arrependido e voltado à igreja), sua escolha era “inválida”. Donato era arrogante e orgulhoso, crendo-se “santo”, e tinha interesse na diocese de Cartago, referência de importância e riqueza no antigo Império Romano.
Marcelino não era donatista e não tinha motivo para contestar a eleição. Como autoridade civil responsável do evento, atraiu a ira dos donatistas, que falsamente o denunciaram como cúmplice de Heracliano, um usurpador da província de Cartago, inimigo do imperador Honório. Um inquérito injusto foi aberto, e Marcelino condenado à morte por decapitação, sentença executada em 13 de setembro de 411.
Um ano depois, o erro foi reconhecido pela justiça romana e pelo imperador, e, tendo as acusações sido retiradas, Marcelino foi reverenciado como mártir, por ter dado a vida defendendo a correta posição da Igreja.