04 de Agosto – São João Maria Vianney

João Maria Batista Vianney nasceu em 1786, no vilarejo de Dardilly, ao norte da cidade de Lyon, na França. Foi o quarto de sete irmãos, e desde pequeno queria ser sacerdote, gostando de rezar e de ir à igreja. Mas até a juventude trabalhou no campo, ajudando a sustentar a família. Uma escola foi aberta então na sua aldeia, e ele pôde finalmente ser alfabetizado e aprender o Francês, ainda que só por dois anos, pois só conhecia o dialeto local.

Com a ajuda do pároco da sua localidade, e apesar da oposição do pai, aos 20 anos entrou para o seminário de Écully. Sua parca instrução e evidente pouca inteligência não o favoreciam, embora fosse exemplar na caridade, obediência e vida de oração. Apesar de tudo, foi ordenado em 1815, com a condição porém de não poder confessar os fiéis, pois seus superiores entendiam que ele não tinha capacidade para dar orientação espiritual. Ficou ainda três anos no seminário, que ficou sob a direção do abade Malley; este percebeu a santidade e o carisma de João, e lhe concedeu afinal a licença para exercer plenamente o sacerdócio.

Foi designado diplomaticamente para o vilarejo de Ars-sur-Formans, localidade isolada no sul da França, mais conhecido como “Ars”: 230 habitantes, nenhum católico efetivamente, fama de violência, igreja vazia e tabernas cheias, com rotina de roubos, brigas e assassinatos.

João lá chegou em 1818. Teve que pedir informações a um menino para encontrar o local, e lhe disse: “Tu me mostraste o caminho de Ars, eu te mostrarei o caminho do Céu”. Um monumento posteriormente construído na entrada da cidade comemora este encontro.

João fazia todo o trabalho doméstico e as próprias refeições. Rezava sem cessar, dormia apenas cerca de três horas a cada dia, pouco comia, para ter tempo de cumprir suas atividades como vigário. Recebendo a herança paterna, gastou todo o seu valor com os pobres. Sua dedicação começou a levar as pessoas à igreja, onde encontravam orientação, consolo e esperança. Sobretudo, com a sua entrega de horas diárias no confessionário, começou a conversão em massa da população. Deus lhe concedeu um dom especial para este Sacramento, pelo qual se salvam inúmeras almas. As filas de penitentes aumentavam sempre, e João, muitas vezes sem comer, atendia a todos, chegando a ficar dias sentando no confessionário. Sua fama de santidade e dons espalhou-se pela França e pela Europa, de modo que os viajantes esperavam até dias para se confessarem com ele. O número de pessoas que chegavam levou os donos das tabernas a transformá-las em hospedarias e hotéis. Ars tornou-se um local de peregrinação. Treze anos após a chegada de João, a igreja estava sempre cheia e as tabernas vazias. Acabara a violência, bem como acabaram os roubos e assassinatos.

Em 4 de agosto de 1859, João faleceu serenamente, consumido pelo cansaço aos 73 anos, já que nunca descansara desde sua chegada à cidade. Por causa do seu processo de beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, assim permanecendo até hoje. São João Maria Vianney é o Patrono dos sacerdotes, e a Igreja determinou que o Dia do Padre fosse o dia da sua festa.

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